domingo, 25 de maio de 2008

um despedimento misericordioso

Já se sabe que há patrões inclementes, daqueles que, se tu falhas, te mandam borda fora. Ou ao menos dizem nas tuas costas que tu és péssimo, uma desilusão, que não estás à altura da confiança que em ti depositaram, que te acomodaste e por tudo isso já não prestas.
Em Portugal costuma acrescentar o patrão médio que a culpa é da legislação muito proteccionista, pois se houvesse uma legislação como deve ser te despediria na hora.
Mas, em Inglaterra, o senhor Abramovich está adiante, nestes temas. É preciso ser-se o melhor, sempre. Vencer sem falhas e sobretudo não permitir que outros vençam.
Treinador de futebol para o ricaço russo é como escudeiro medieval, a vida posta à prova em todos os torneios.
O setubalense José Mourinho conquistou títulos, fama e glória em Chelsea, o clube do bairro mais "In" de Londres. Mas não só não ganhou sempre como perdeu algumas vezes.
Agora foi o "underdog" Avram Grant, um israelita que sucedeu ao português e que fez uma temporada, segundo todos concordam, notável, terminando a 2 pontos do campeão e chegando aos "penáltis" da final da "Champions League".
Mas perdeu.
Admito que na mentalidade saloio-imperial do ainda jovem Abramovich (á volta de 40) o dilema se pusesse no género, "mato-o ou despeço-o"?
Ainda bem que o despediu.
Não deve ser fácil para Roman, o bilionário de Moscovo, admiti-lo, mas é que ele há pessoas que merecem viver.

1 comentário:

bsh disse...

Como será com Scolari no Chelsea... Roman cansar-se-à depressa?