Já se sabe que há patrões inclementes, daqueles que, se tu falhas, te mandam borda fora. Ou ao menos dizem nas tuas costas que tu és péssimo, uma desilusão, que não estás à altura da confiança que em ti depositaram, que te acomodaste e por tudo isso já não prestas.
Em Portugal costuma acrescentar o patrão médio que a culpa é da legislação muito proteccionista, pois se houvesse uma legislação como deve ser te despediria na hora.
Mas, em Inglaterra, o senhor Abramovich está adiante, nestes temas. É preciso ser-se o melhor, sempre. Vencer sem falhas e sobretudo não permitir que outros vençam.
Treinador de futebol para o ricaço russo é como escudeiro medieval, a vida posta à prova em todos os torneios.
O setubalense José Mourinho conquistou títulos, fama e glória em Chelsea, o clube do bairro mais "In" de Londres. Mas não só não ganhou sempre como perdeu algumas vezes.
Agora foi o "underdog" Avram Grant, um israelita que sucedeu ao português e que fez uma temporada, segundo todos concordam, notável, terminando a 2 pontos do campeão e chegando aos "penáltis" da final da "Champions League".
Mas perdeu.
Admito que na mentalidade saloio-imperial do ainda jovem Abramovich (á volta de 40) o dilema se pusesse no género, "mato-o ou despeço-o"?
Ainda bem que o despediu.
Não deve ser fácil para Roman, o bilionário de Moscovo, admiti-lo, mas é que ele há pessoas que merecem viver.
domingo, 25 de maio de 2008
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1 comentário:
Como será com Scolari no Chelsea... Roman cansar-se-à depressa?
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