Paulo Rangel, o mais recente líder parlamentar do PSD, é um rapazola de uns 40 anos, já distinto jurista, homem de universidades, cátedras e até de televisão.
Tem estilo na lingua e a testa alta, o que em geral faz parecer ao povo que quer dizer inteligência extensa. Já confessou igualmente ser um fã do zapping em casa, de sofá. Ou seja, é ele um homem e pêras.
Pois o jovem, deputado há poucos anos, tinha por hábito impor ao hemi-ciclo o "casual friday dressing", muito no género "Bloco de Esquerda", dois botões da camisa desapertados, 3 pelos à espreita, as calças entre o algodão sem vinco e a ganga desbotada. Não consta que a ganga fosse rasgada. Mesmo assim já são 40.
Ora o Presidente Gama, um formalista, tinha vindo a preparar fita, sem saber muito bem como lembrar ao Paulo que se há coisa que ainda distingue a esquerda da direita é um certo modo de estar e de vestir. Já não são as ideias, agora é a etiqueta.
Pois no pequeno discurso de saudação ao novo líder parlamentar laranja, o sabidão Jaime Gama disparou sem piedade que entre as coisas boas que podia entrever na sua eleição era que não mais se lembraria que era quase fim-de-semana quando à sexta-feira ouvisse falar Paulo Rangel.
Dizia isto o Jaime na passada sexta-feira, quando o Rangel envergava já a farda que se espera de um lider da direita portuguesa, o fatinho composto e gravatita a bater certo.
Sempre achei muita piada ao Gama.
quinta-feira, 17 de julho de 2008
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