sexta-feira, 26 de setembro de 2008

A gastrografia das minhas férias (em prémios)


Em 2008 as minhas férias passaram-se entre caminhos e roteiros ditados por um estômago teimosamente guloso e dificilmente saciável. Foi com ele que reuni para decidirmos dos nossos “Gastronóscares”.

Descoberta: “O Lobo do Mar”, na extrema piscatória de Sesimbra. Como a sua localização faria adivinhar, juntinho à lota e ao porto de pesca, um lugar só para fãs de peixe.

Maturidade: “O Bataréo”, em Setúbal. O melhor peixe disponível acima do Algarve, para gente economicamente “normal”. Colheita escolhida e oferecida por gente que veio do mar.

Peixe: ex-aequo, dois bezugos grelhados n’ “O Lobo do Mar” e o polvo cozido com todos, no “Pátio dos Marialvas”, na Ericeira.

Carne: “piano” de porco grelhado, no “Carloto”, na Areia, junto ao Guincho.

Sobremesa: tarte de requeijão, no “Caneira”, em Negrais.

Doçaria: “Nevadas”, bolo conventual de Lorvão, região de Penacova, perto de Coimbra. Na região de Lisboa é dificílimo de encontrar.

Sítio óptimo para doçómanos: “Briosa”, em Coimbra, bem perto do rio Mondego. Para lá das “Nevadas” e dos “Pastéis de Lorvão”, têm uma oferta regional de uma variedade nunca encontrável em Lisboa, que inclui ainda mega-suspiros e pão requintado.

Dito isto, lá vou eu ali à dispensa sacar algo assim como... talvez uma queijadinha com nozes da Casa Gama, na Ericeira. E isto porque não há ouriços, da “Casa dos Ouriços”. É que desses comi ontem. E hoje já não há.
Pois então adeus que estou com fome.

2 comentários:

Luís Miguel Barros disse...

Oh Vítor, sensível como sou a todas as questões que envolvem a nobre arte de transformar produtos sem qualquer interesse (alguns até já mortos...) em iguarias capazes de nos fazer deslocar centenas de quilómetros (literal e figurativamente), não poderia deixar de expressar aqui os meus mais profundos agradecimentos por esta preciosa lista. O meu estômago está agora a emitir uns ruídos a reclamar qualquer coisa...

Antonio disse...

Este é o tipo de post que faz fome!