Hoje celebra-se o Dia Internacional da Dança. Ora eu, como calculam, não podia deixar de assinalar este dia aqui no clube. E colocar algumas fotos alusivas ao tema!
terça-feira, 29 de abril de 2008
segunda-feira, 28 de abril de 2008
domingo, 27 de abril de 2008
sábado, 26 de abril de 2008
quarta-feira, 23 de abril de 2008
sexta-feira, 18 de abril de 2008
as tropas estão em choque, em Espanha: chegou Carme Chacon
terça-feira, 15 de abril de 2008
uma história ouvida na rádio a William C. Gordon
Em S. Francisco, cerca de 1960, um esfomeado vagabundo comum especializa-se numa prática extraordinária: passa a visitar diariamente o caixote de lixo de uma gráfica cujo negócio "core" é imprimir cartões-convite para cerimónias de sociedade as mais variadas, sobretudo cocktails.
Compra um fato cerimonial, um "smoking", e dedica-se à tarefa incansavelmente, sempre o mesmo fato, sempre cerimónias novas, provavelmente provando de todos os pratos e bebendo de todas as garrafas.
Imagina-se depois que tenha convivido com todas as natas, sociais, económicas, artísticas, eventualmente a algumas ouvindo segredos e inconfidências, tricas e filosofias.
Dos excessos em que assim incorreu estômago antes tão sóbrio e económico nasce-lhe uma úlcera extremamente agressiva, que no fim de mais uma longa noite o vitima fulminantemente.
Esta história foi depois conhecida, porque uma bela manhã, na estação de comboios de S. Francisco, apareceu um homem de "smoking" morto, de barriga para baixo, sem identificação no bolso, mas com um convite para uma glamorosa cerimónia ocorrida nessa mesma noite.
O New York Times publicou a notícia da morte de personalidade misteriosa e alguém depois investigou e descobriu isto. Uma bela história triste contada ontem na rádio por William C. Gordon, marido de Isabel Allende.
Compra um fato cerimonial, um "smoking", e dedica-se à tarefa incansavelmente, sempre o mesmo fato, sempre cerimónias novas, provavelmente provando de todos os pratos e bebendo de todas as garrafas.
Imagina-se depois que tenha convivido com todas as natas, sociais, económicas, artísticas, eventualmente a algumas ouvindo segredos e inconfidências, tricas e filosofias.
Dos excessos em que assim incorreu estômago antes tão sóbrio e económico nasce-lhe uma úlcera extremamente agressiva, que no fim de mais uma longa noite o vitima fulminantemente.
Esta história foi depois conhecida, porque uma bela manhã, na estação de comboios de S. Francisco, apareceu um homem de "smoking" morto, de barriga para baixo, sem identificação no bolso, mas com um convite para uma glamorosa cerimónia ocorrida nessa mesma noite.
O New York Times publicou a notícia da morte de personalidade misteriosa e alguém depois investigou e descobriu isto. Uma bela história triste contada ontem na rádio por William C. Gordon, marido de Isabel Allende.
segunda-feira, 14 de abril de 2008
a Margarida
Conheci hoje a Margarida. Faz 24 meses na próxima semana.
Vestia de veludo vermelho, que lhe ficava excelentemente.
A Margarida e eu olhámo-nos e acho que gostámos logo um do outro. Do género de sorriso para lá, outro para cá e já está.
A Margarida é de poucas falas. Mas compensa com um sorriso de franzir a cara toda.
Quis ela meter-se comigo, pensei eu. Depois vi que não. É que a Margarida foi a uma mesa da sala de espera e agarrou num folheto dobrado em três. Virou-o para cima, depois para baixo e depois de mais umas quantas voltas e reviravoltas lá se decidiu a rasgar uma das três partes.
Mais do que meter-se comigo ela queria afinal presentear-me, oferecendo a parte que, com dificuldade, tinha escolhido rasgar.
Quando se preparava para me oferecê-la, a empregada lá a chamou para a consulta. A avó agarrou-a, mas a Margarida ainda sorriu para mim e apontou-me com o dedo. Interpretei a coisa como algo no género "I like you". Eu também, quis eu dizer com um sorriso dos meus.
Vestia de veludo vermelho, que lhe ficava excelentemente.
A Margarida e eu olhámo-nos e acho que gostámos logo um do outro. Do género de sorriso para lá, outro para cá e já está.
A Margarida é de poucas falas. Mas compensa com um sorriso de franzir a cara toda.
Quis ela meter-se comigo, pensei eu. Depois vi que não. É que a Margarida foi a uma mesa da sala de espera e agarrou num folheto dobrado em três. Virou-o para cima, depois para baixo e depois de mais umas quantas voltas e reviravoltas lá se decidiu a rasgar uma das três partes.
Mais do que meter-se comigo ela queria afinal presentear-me, oferecendo a parte que, com dificuldade, tinha escolhido rasgar.
Quando se preparava para me oferecê-la, a empregada lá a chamou para a consulta. A avó agarrou-a, mas a Margarida ainda sorriu para mim e apontou-me com o dedo. Interpretei a coisa como algo no género "I like you". Eu também, quis eu dizer com um sorriso dos meus.
sexta-feira, 11 de abril de 2008
terça-feira, 8 de abril de 2008
uns 5 anitos, teria ela
Na Fnac de Cascais, seriam quase 10 da noite, uma pequenita segue de mão na mão da mãe. Sendo mais velha, a mãe não era muito maior, sobretudo na lucidez.
Tinha a pequenita visto um daqueles irresistíveis gadgets que acompanham alguns filmes infantis, um bonequito de plástico, em topo, mesmo à sua mão. Algo que, é claro, qualquer criança saudável quer logo ter e quer com muita força.
A mãe pretendeu dizer-lhe que não, mas o que na verdade disse foi no género "tu estás muito mal habituada, mesmo muito. Queres tudo e dão-te tudo. Pois a partir de hoje vais ver. Vais começar a ouvir que não e acabou".
A menina retorquiu de pronto "mas eu quero o boneco".
Não fiquei convencido que a mãe, na sua pequenez de discernimento, tivesse percebido que tinha acabado de se estatelar redondamente. É que nem a um adulto se explica que um não é não porque não, quanto mais a uma criança de 5 anos.
quinta-feira, 3 de abril de 2008
a culpa é do Sr. Martin Cooper e do Captain Kirk
terça-feira, 1 de abril de 2008
uma citação talvez oportuna de Jean Cocteau (*)
"... a juventude sabe o que não quer antes de saber o que quer."
Trago Cocteau ao Clube (na verdade, transcrevendo-o do PÚBLICO de hoje) para dizer que, sendo muito verdade o que diz, o escritor enganou-se. É que somos quase todos assim, sempre mais capazes de dizer que não antes de saber o que sim.
E será que saber o que não se quer não é já um excelente princípio?
(*) cineasta e escritor (1889-1963)
Trago Cocteau ao Clube (na verdade, transcrevendo-o do PÚBLICO de hoje) para dizer que, sendo muito verdade o que diz, o escritor enganou-se. É que somos quase todos assim, sempre mais capazes de dizer que não antes de saber o que sim.
E será que saber o que não se quer não é já um excelente princípio?
(*) cineasta e escritor (1889-1963)
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