terça-feira, 8 de abril de 2008

uns 5 anitos, teria ela

Na Fnac de Cascais, seriam quase 10 da noite, uma pequenita segue de mão na mão da mãe. Sendo mais velha, a mãe não era muito maior, sobretudo na lucidez.
Tinha a pequenita visto um daqueles irresistíveis gadgets que acompanham alguns filmes infantis, um bonequito de plástico, em topo, mesmo à sua mão. Algo que, é claro, qualquer criança saudável quer logo ter e quer com muita força.

A mãe pretendeu dizer-lhe que não, mas o que na verdade disse foi no género "tu estás muito mal habituada, mesmo muito. Queres tudo e dão-te tudo. Pois a partir de hoje vais ver. Vais começar a ouvir que não e acabou".

A menina retorquiu de pronto "mas eu quero o boneco".

Não fiquei convencido que a mãe, na sua pequenez de discernimento, tivesse percebido que tinha acabado de se estatelar redondamente. É que nem a um adulto se explica que um não é não porque não, quanto mais a uma criança de 5 anos.

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