Caros Clubistas,
Gostaria de aproveitar a oportunidade que este fórum me oferece para partilhar convosco as minhas Coisas Habitualmente Irritantes, Chatas ou Anormais (C. H. I. C. A.). Daquelas que me fazem dizer ou pensar “chiça, pá!!”. Ou outras coisas piores. Tenho a secreta ambição (agora já não tão secreta...) de encontrar entre todos vós alguém que partilhe destes meus sentimentos. Serão pequenas coisas ou situações do dia a dia, nada de grandes revelações, mas quero acreditar que existem por aí outros que também partilham destas opiniões. Se não houver... paciência! Pior do que já estou não fico.
Gostaria de aproveitar a oportunidade que este fórum me oferece para partilhar convosco as minhas Coisas Habitualmente Irritantes, Chatas ou Anormais (C. H. I. C. A.). Daquelas que me fazem dizer ou pensar “chiça, pá!!”. Ou outras coisas piores. Tenho a secreta ambição (agora já não tão secreta...) de encontrar entre todos vós alguém que partilhe destes meus sentimentos. Serão pequenas coisas ou situações do dia a dia, nada de grandes revelações, mas quero acreditar que existem por aí outros que também partilham destas opiniões. Se não houver... paciência! Pior do que já estou não fico.
Sem mais demoras, avanço despudoradamente para o meu primeiro grito de revolta: os automatismos nas casas de banho públicas. Casas de banho dos homens, naturalmente, que é a realidade que melhor conheço.
Qualquer homem sabe que o acto de, digamos, “verter águas”, requer alguma concentração. São alguns momentos introspectivos que todos temos. Ficamos ali, a “pensar na vida”, tentando não olhar para baixo (para o lado nem pensar), enquanto nos esforçamos por “acertar no alvo”. Felizmente já se vai encontrando por cá aquela simpática “mosca” – ver figura - colada no urinol, que tanto jeito dá para afinar a pontaria, em vez de andarmos para ali preocupados em acertar nas beatas ou nas bolas de naftalina... Dizem que reduz os “derramamentos” em cerca de 80%. Não deixamos de sentir uma ponta de orgulho (atenção à piada fácil...) quando chegamos ao fim do trabalho sem molhar nada do que não se devia molhar. É aí que recuamos um pouco, acondicionamos devidamente todas as peças... e os sensores resolvem entrar em acção e “espirrar” água para todo o lado. Calças e sapatos incluídos. Não adianta chegar cá fora e dizer com ar pesaroso: “É só água!”. Ninguém acredita e o mal já está feito. Chegamos às torneiras – automáticas – e ficamos para ali a fazer festas no ar. A torneira, com altiva sobranceria, nem pinga! Olhamos para o lado para ver como os outros fazem. E os outros já andam aos sopapos às torneiras. Carregam, rodam, puxam e nada! Até que há um sortudo que consegue. Todos olham para ver como foi, enquanto o herói, orgulhoso, vai lavando calmamente as mãos ensaboadas, saboreando os seus pequenos momentos de glória. Curtos, porque a água seca novamente e é necessário voltar a acenar junto daquela pequena área de 2 milímetros quadrados que faz (de vez em quando...) funcionar a torneira. E comete-se um erro crasso: lavamos a cara. Ultrapassada esta fase, vem a secagem. Repetimos o processo de fazer festas ao ar, por debaixo do aparelho, que responde com um barulho de Airbus na decolagem. E sai ar frio. E não se conseguem enxugar as mãos, quanto mais o rosto. Olha-se à volta à procura de toalhas de papel e nada. Em desespero de causa vamos buscar um pouco de papel higiénico. Limpamos as mãos e a cara. E ficamos com as mãos e a cara cheios de pequenos farrapos de papel higiénico barato (só uma folha...) colados por todo o lado. Se a cara tiver barba de um dia, pior. E é assim que saímos da casa de banho: calças e sapatos molhados, mãos e cara mal enxutos e enfeitados com papel higiénico do Lidl. Falta-me apenas referir o terror dos terrores: o sensor de luz. Estamos num cubículo, sossegados e entretidos na difícil arte de acertar dentro da sanita, mas não mesmo no meio, para não fazer barulho. E apaga-se a luz. É necessário esbracejar, ou abanar qualquer coisa... É uma cena pouco digna, dadas as circunstâncias... Estar para ali a acenar, enquanto... Bem, normalmente é desgraça certa e aquilo que deveria ser uma rega precisa e cirúrgica transforma-se num repuxo descontrolado e com vontade própria. E lá vem o incontornável: “É só água!”. Às vezes não é.
Qualquer homem sabe que o acto de, digamos, “verter águas”, requer alguma concentração. São alguns momentos introspectivos que todos temos. Ficamos ali, a “pensar na vida”, tentando não olhar para baixo (para o lado nem pensar), enquanto nos esforçamos por “acertar no alvo”. Felizmente já se vai encontrando por cá aquela simpática “mosca” – ver figura - colada no urinol, que tanto jeito dá para afinar a pontaria, em vez de andarmos para ali preocupados em acertar nas beatas ou nas bolas de naftalina... Dizem que reduz os “derramamentos” em cerca de 80%. Não deixamos de sentir uma ponta de orgulho (atenção à piada fácil...) quando chegamos ao fim do trabalho sem molhar nada do que não se devia molhar. É aí que recuamos um pouco, acondicionamos devidamente todas as peças... e os sensores resolvem entrar em acção e “espirrar” água para todo o lado. Calças e sapatos incluídos. Não adianta chegar cá fora e dizer com ar pesaroso: “É só água!”. Ninguém acredita e o mal já está feito. Chegamos às torneiras – automáticas – e ficamos para ali a fazer festas no ar. A torneira, com altiva sobranceria, nem pinga! Olhamos para o lado para ver como os outros fazem. E os outros já andam aos sopapos às torneiras. Carregam, rodam, puxam e nada! Até que há um sortudo que consegue. Todos olham para ver como foi, enquanto o herói, orgulhoso, vai lavando calmamente as mãos ensaboadas, saboreando os seus pequenos momentos de glória. Curtos, porque a água seca novamente e é necessário voltar a acenar junto daquela pequena área de 2 milímetros quadrados que faz (de vez em quando...) funcionar a torneira. E comete-se um erro crasso: lavamos a cara. Ultrapassada esta fase, vem a secagem. Repetimos o processo de fazer festas ao ar, por debaixo do aparelho, que responde com um barulho de Airbus na decolagem. E sai ar frio. E não se conseguem enxugar as mãos, quanto mais o rosto. Olha-se à volta à procura de toalhas de papel e nada. Em desespero de causa vamos buscar um pouco de papel higiénico. Limpamos as mãos e a cara. E ficamos com as mãos e a cara cheios de pequenos farrapos de papel higiénico barato (só uma folha...) colados por todo o lado. Se a cara tiver barba de um dia, pior. E é assim que saímos da casa de banho: calças e sapatos molhados, mãos e cara mal enxutos e enfeitados com papel higiénico do Lidl. Falta-me apenas referir o terror dos terrores: o sensor de luz. Estamos num cubículo, sossegados e entretidos na difícil arte de acertar dentro da sanita, mas não mesmo no meio, para não fazer barulho. E apaga-se a luz. É necessário esbracejar, ou abanar qualquer coisa... É uma cena pouco digna, dadas as circunstâncias... Estar para ali a acenar, enquanto... Bem, normalmente é desgraça certa e aquilo que deveria ser uma rega precisa e cirúrgica transforma-se num repuxo descontrolado e com vontade própria. E lá vem o incontornável: “É só água!”. Às vezes não é.
3 comentários:
Então e quando a "braguilha" está ao nível dos lavatórios standard, como é o caso deste que vos escreve?
Lá cumpro eu a minha missão, procurando acertar, até à "última gotinha" (you know what I mean) e apresto-me em seguida para me lavar, no mínimo, nos famosos 8 segundos que distingue os asseados dos que não são - não é piada, é ciência, um dia "posto" sobre ela - e eis que um mau cálculo na distância ao lavatório redunda em encosto e em mancha.
Ainda de um pingo lá se dirá: "porco!". Agora de uma mancha? Muito pior.
Então e, alguns de nós bem o sabem, aqueles locais que primam por ter um pequeno degrau, que nos permite aliviar essas aflições numa postura superior aos demais mortais, sim, porque para quem deste nosso sexo tem uma altura superior aos 1,90m, a coisa torna-se no minimo numa situação constrangedora. Vocês sabem lá... nem imaginam o que por vezes somos obrigados a passar.
Para ajudar a manter o nível sério do debate, não resisto a recordar um filme com poucos anos em que um Jack Nicholson reformado de um emprego sem interesse, poucos dias depois, vê a mulher morrer.
Primeiro chora, mas logo a seguir, descobrindo cartas que revelam que a defunta afinal amava outro, e recordando Jack os anos em que tinha tido de aturar da mulher um (mais ou menos assim) "senta-te quando mijares, que me molhas o tampo e o chão todo!", se chega à retrete e se deleita, espraiando-se bem do alto, segundos a fio.
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