sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Oh my Dog


Já que alguém mencionou animais de estimação, gostaria de vos falar sobre o Toy, o cão da minha infancia.


Foi lá para casa minusculo e delicioso, como todos os cachorrinhos, e portanto, ganhou desde logo, o direito de ficar dentro de casa.


Cão de caça por, suposta, vocação esperava-se que se transformasse no mais implacável dos caçadores. Mas o destino tinha outros planos.


Primeiro porque era muito pequeno, depois porque não era época de caça, e finalmente porque num qualquer ano o meu pai não caçou, a verdade é que a primeira vez que foi para o campo, o bom do Toy já era crescidote.


A expectativa era grande, a manhã importante, mas quando se houviu o primeiro tiro, o Toy, desatou a correr em panico em direcção ao horizonte. Só o conseguiram apanhar nessa tarde exausto e com a dignidade ferida de morte.


Tornou-se no mais elegante caçador, das moscas que apareciam lá por casa, se, bem entendido, estivessem em qualquer lugar alcatifado.


Vivei uma bonita história de amor com uma cadela Pastor Alemão que tivemos, e que curiosamente, e apesar de multiplas tentativas, nunca cruzou com nenhum cão a não ser ele, e tiveram duas ninhadas de 11 e 10 cachorros cada.


Tornou-se o meu companheiro inseparável, Partilhamos pulgas, carraças e a mesma cama, para onde ele subia a meio da noite.


Viajou de Moçambique para Angola e daí para Portugal onde se viu um dia confinado a um apartamento. Acabou por morrer alguns anos depois, gordo, mole e cheio de cravos.


Foi uma grande companhia.







1 comentário:

Bela disse...

O "valentão" do Toy era bem bonito. A imagem da partilha de pulgas e carraças é bem bonita.
Obrigada por partilhar isso connosco!! ;o)