Por estes dias, os sons "calientes" da nossa juke box tentaram-me ao regresso à América Latina dos anos de 1970 e aos sons "cool" deste Victor Jara, o cantor e poeta mártir do golpe militar no Chile em 1973.
E deixem-me dizer-vos que "Manifiesto" é uma das 3 ou 4 canções-chave da minha vida.
segunda-feira, 24 de setembro de 2007
um clip com emoções: "Manifiesto", de Victor Jara
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2 comentários:
Agora que já sabemos onde se foi inspirar a Brigada do Vitor Jara, conta aqui no blog a dramática história deste mártir, para nos enriqueceres culturalmente.
Victor Jara foi um símbolo e o grande arauto do "canto libre" chileno, fusão de poesia e de música baladeira, juntas para cantarem a liberdade e a utopia de uma geração libertária, a de finais dos anos de 1960, mundo fora.
O golpe militar liderado por Augusto Pinochet (com o hoje provadíssimo suporte dos EUA e de empresas transnacionais variadas), que em 11 de Setembro de 1973 derrubou o regime de Salvador Allende, no Chile, prendeu, torturou e assassinou às centenas ou mesmo milhares, em poucos dias.
Num dos dias imediatos ao golpe, Victor Jara foi levado para um estádio em Santiago do Chile, com milhares de outros chilenos, e torturado continuadamente.
Não se sabendo com segurança de que forma, é certo que perdeu as mãos nesses dias de tortura, prevalecendo a versão (porque ninguém sobreviveu para contar) que através de golpes incessantes de coronha de pistola. As suas perigosas mãos, que tantas vezes encantaram, dedilhando as cordas da sua guitarra e ajudando a entoar hinos cantados por milhões mundo fora.
O seu corpo foi depois despejado em vala comum e mais tarde repescado e reconhecido pela sua mulher.
Algures em 1975, nascia em Portugal a Brigada Victor Jara, criada em homenagem ao seu legado, que tão bem casou a poesia "de intervenção" com os ritmos e as melodias tradicionais. Um pouco como este Victor.
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