segunda-feira, 31 de dezembro de 2007
Bom Ano 2008
Das que se vive, das que se sentem, das que se comem, das que se bebem, ...e de todas as outras também!
Feliz 2008
domingo, 30 de dezembro de 2007
'bora lá tentar um grande Ano Novo
Tal como este jovem palestiniano (foto - da Reuters - de ontem, em Gaza), cujo olhar está entre querer e descrer, também nós precisamos de um Ano Novo com boas notícias.
Vamos lá fazer um grande ano, para cada um de nós, para todos os que amamos e, já agora, vamos lá tentar dar uma ajudinha, à nossa pequena escala, para um 2008 melhor para todo o mundo do que foi 2007.
quinta-feira, 27 de dezembro de 2007
Benazir Bhutto, há 2 meses, quando da penúltima tentativa de assassinato
Há pessoas que são grandes, grandes, como que possuídas de um sentido de missão que as multiplica na grandeza, que lhes confere um valor de outra dimensão à sua vida e que torna por sua vez os nossos pequenos problemas tão mais irrelevantes.
É dessa grandiosa matéria-prima que Benazir de há muito me parecia feita, como bem se pode perceber escutando-a na sua impressionante reacção ao anterior ataque suicida, há 2 meses. São cerca de 12 minutos que vos convido a roubarem ao V. lazer, dedicando-os à sua memória.
Talvez por isso, porque esta grandeza é mortífera para a corrupção, para as máfias, para a criminalidade institucionalizada nos poderes mais ou menos informais das sociedades a Oriente - no Paquistão levada ao governo institucional e entronizada pelos Serviços Secretos e pelos militares, por sua vez provavelmente pagos e instigados pela Síria, Arábia Saudita, Al Qaeda e por outras associações criminosas mais ou menos orgânicas - foi seguramente por isso que Benazir tinha uma sentença de morte traçada. Parecia apenas uma questão de tempo.
Mulher, bela, demasiado ocidentalizada para o seu meio, isto é demasiado revolucionária nos valores, demasiado livre, perigosa e excessivamente democrática para aquele mundo de trevas que é em grande medida o Médio-Oriente, Benazir pode ainda vir a ser uma referência, se os democratas no Paquistão conseguirem prevalecer e se os democratas do mundo encontrarem melhores formas de romper o cerco da semi-barbárie que ainda domina aquela região.
Oxalá que a coragem desta grande mulher tenha valido a pena, na sua abdicação da liberdade individual, do seu conforto, da sua família, da sua vida. Oxalá que, para todos os que prezamos a vida, a liberdade, os valores básicos da dignidade dos homens e dos povos, que a todos nos sirva de lição e que percebamos melhor que há grandes causas no mundo que precisam de grandes líderes e que há pequenos gestos que todos podemos ter, deplorando e denunciando a presumivel impunidade dos miseráveis assassinos de Benazir, ou quando elogiarmos o exemplo de cidadania e heroicidade desta grande mulher.
quarta-feira, 26 de dezembro de 2007
Feliz Natal
S. Nicolau foi um bondoso bispo que nasceu em 280 d.C. na Turquia. Morreu com a idade de 41 anos. e seu corpo encontra-se em Itália (Bári).
Existem algumas histórias a seu respeito em que se realça a sua generosidade.
Uma delas conta que S. Nicolau costumava oferecer presentes aos pobres e conta-se também que salvava marinheiros vítimas de tempestades. Livrou muita gente da fome e teve pelas crianças um carinho muito especial, que o levou a fundar um orfanato. Por tudo isso S. Nicolau passou a ser considerado, o santo padroeiro das crianças e dos marinheiros.
Chegou a estar preso pelos romanos, sendo libertado pelo imperador Constantino que se convertera ao Cristianismo. Foi protector de marinheiros ladrões e mendigos.
É a Holanda o país que mais o festeja, pois diz-se que foram barcos holandeses que trouxeram as primeiras notícias dele para o norte da Europa.
Quando a sua fama chegou aos Estados Unidos, ficou com o nome Santa Claus. Nesta altura era muito popular.
As crianças pediam-lhe presentes com antecedência, para que no Natal os pudessem ter.
Passou então a ser representado por um homem gorducho, bonacheirão, bem disposto e generoso.
É uma história curiosa, como tantas outras também, já desde século. Antigamente o Pai Natal vestia-se de formas muito variadas. Os fatos eram normalmente de cores garridas e na cabeça usava normalmente um barrete ou uma coroa de azevinho. No entanto, a sua figura nunca foi representada de uma forma única e que o caracterizasse universalmente. Até que em 1931, durante as suas campanhas de Inverno, a empresa Coca-Cola veio resolver a questão.
Usaram a figura de S. Nicolau com umas vestimentas especiais, para promover a famosa bebida. Contrataram um actor para representar o bispo, ao qual vestiram um fato vermelho, de calças e túnica e, na cabeça foi colocado um barrete também ele vermelho, com um debruado a branco e um pompom na ponta.
Portanto estas duas cores foram escolhidas, porque eram as mesmas que a Coca-Cola era comercializada.
Assim o Pai Natal, apareceria com um ar carinhoso e uma garrafa de Coca-Cola na mão.
Esta campanha correu o mundo e alcançou um grande sucesso, tornando a figura do Pai Natal, verdadeiramente carismática e que já não imaginamos de outro modo.
segunda-feira, 24 de dezembro de 2007
(podia ser) uma história de Natal
Mas não se ficou ele pelo "santinho", acrescentando um ainda mais não habitual, mas não original, "não sei se é".
Fiquei preocupado, pois estava eu acompanhado de uma mulher que mal me conhecia e o risco de ali acontecer um "male flirt" fez soar-me campaínhas. Mas não.
"É que não sei se sabe porque se diz "santinho" a alguém que espirra?". Que não senhor, não sabia eu, disse-lhe. "Pois, é que parece que o nosso coração para quando espirramos. Como que suspende o seu batimento, para que o ar expelido não o sufoque ao sair. Em boa verdade, como que morremos naquela fracção de segundo. Por isso diziam os antigos que se o coração para, então, quando acabou o espirro e estamos vivos é porque somos santos. Santinhos, na expressão mais carinhosa".
"Conte agora você a história aos seus amigos, visto que a mim também me contaram. Boa noite, tenha um bom Natal".
A mulher que estava comigo olhou-me e, naturalmente, riu-se comigo do que se passara.
Notei entretanto que tenho espirrado menos desde essa noite.
domingo, 23 de dezembro de 2007
Parabéns AnaBela!
Um dia, Beethoven compôs esta maravilhosa sonata, "Für Elise", procurando que ela espelhasse sobretudo a grandeza de Elise, o seu amor de então.
"Für Elise" é hoje, seguramente, dos momentos máximos do lirismo na música, mas é ao mesmo tempo um instrumento bem adequado para que aqui no Clube se elogie a tua grandeza enquanto amiga, enquanto pessoa, enquanto Anabela. Ou seja, porque merecias o melhor, tinha de se ir procurar o melhor de um dos maiores poetas em música de sempre, "Für Anabela".
sábado, 22 de dezembro de 2007
K'Nojo
Caros Clubistas, não se consegue ficar indiferente ao mundo que nos rodeia depois de visitarmos a exposição que está patente no Pavilhão do Conhecimento; recomendo vivamente e não deixem de levar os v/crios pois surpreender-se-ão com "as coisas que eles sabem".
Esta época é propícia a tal visita, talvez (se ainda a tempo amanhã, pois Segunda está encerrado) na noite de 24 sejam mais comedidos... ah mas fiquei a saber que "largar um gáz" nem é assim tão mau, pelo contrário recomenda-se e muito... K'Nojo.
A visitar e Boas Festas.
PS: Não esquecer de snifar os aromas nas garrafas logo à entrada, do melhor.
sexta-feira, 21 de dezembro de 2007
quinta-feira, 20 de dezembro de 2007
o Natal de um crente
Hoje, acredito em "deuses" concretos, pessoas das boas, mulheres e homens que espalham o bem no seu dia-a-dia, que se preocupam e se ocupam de outros, que se entregam sem interesses, que são felizes quando encontram outros felizes, ou a isso ajudam. Nem que seja em um só acto por dia, mesmo a um desconhecido na rua. Nem que seja por serem apenas verdadeiros com os outros com quem interagem. Esses são os meus "deuses".
Os meus "deuses", na noite de Natal, vão também estar em hospitais, em casas com idosos, nas ruas a ajudar outros, em simples casas de famílias normais, tratando de crianças, velhos, desvalidos, ou apenas dos seus filhos, dos pais, dos outros que amam, amando, acarinhando, perdoando.
Claro que também ofereço presentes e tenho até uma árvore de Natal em casa.
Não tenho é ilusões. Preciso e acredito nas pessoas capazes de humanidade e empenhadas nos outros. São essas que, todos os dias, me ajudam no equilíbrio espiritual, a mim, um irremediável descrente na "vida para além desta que tenho", mas crente em que é possível assistir à natalidade, em cada dia, de algo de bom em cada um de (quase) todos quantos conheço.
Um bom Natal, ó clubistas!
quarta-feira, 19 de dezembro de 2007
terça-feira, 18 de dezembro de 2007
Alcorazes, massacotes e "O Batareo"
quinta-feira, 13 de dezembro de 2007
Coisas do Clube ! (chk) - o relatório, 142 dias depois
Camaradas e amigas, o Clube ! (chk) precisa de fazer um balanço dos primeiros 142 dias de vida.
- média diária de visitas: 24 em Outubro; 26 em Novembro; 29 em Dezembro
- pico de visitas: entre 6 e 7 de Dezembro tivemos 80 visitas
- entre 20 de Outubro e 13 de Dezembro tivemos um total de cerca de 1400 visitas (muita gente à porta do Clube, já se vê)
- 9 clubistas "postaram"
- publicámos 162 vezes, sendo que os 3 mais frequentes "postadores" (duas "elas" e um "gajo") têm um "share" de mais de 70%
- em Setembro, publicámos mais vezes, 54
- houve 231 comentários
- o "post" mais comentado (10 vezes) foi o notável, o espantoso, o indescritível "Comidinha", publicado a 10 de Outubro
Tomara muitos poderem gabar-se deste nível, desta pinta, deste toque tão chique (chk).
quarta-feira, 12 de dezembro de 2007
terça-feira, 11 de dezembro de 2007
segunda-feira, 10 de dezembro de 2007
Xutos e Pontapés - 20 anos de Circo de Feras
sexta-feira, 7 de dezembro de 2007
Crianças Índias
quinta-feira, 6 de dezembro de 2007
a história de um dia perfeito
A história deste dia (ontem, quarta-feira) fez-se com várias mulheres providenciais, três sandes de leitão, duas imperiais e meia e um bonito concerto das Au Revoir Simone.
Mas vamos por partes.
A sempre presente radiofónica Isilda Sanches arrancou-nos o primeiro bilhete algures do impossível, talvez em tributo de algumas tardes e encontros por ela connosco bem passados.
A Carla da "Everything Is New" demorou 4 horas, mas encontrou-nos o segundo bilhete, surgindo na noite do Alquimista, deslumbrante e salvadora, como que saída de uma tela dos estúdios DreamWorks.
Desconfio que mais vezes deixaremos esgotar concertos para recorrermos à Carla.
As sandes de leitão da "Nova Pombalina" foram revelação e a sua cultura de cliente uma lição magistral, abrindo portas já fechadas para deliciar dois esfomeados peregrinos da noite.
Os pedacitos de iscas de leitão em molho de mostarda fecharam em apoteose aquele breve momento de encanto puro.
A Catarina Silva veio de Gaia sem bilhete e se viu o concerto fica a devê-lo a nós, as suas "almas salvadoras", imparáveis a arrancar um bilhete da "dama de Nova Iorque", uma estranha mulher do Clube de Amigos do S. Carlos, erudita por engano no Alquimista, mas ansiosa por vender dois bilhetes. E a Catarina estava sozinha. Mas o Clube estava lá e não podia a Catarina voltar a Gaia sem ver as meninas de Brooklyn, NY.
E depois as Au Revoir Simone, três mulheres - ao centro delas Annie Paradise, o rosto mais belo que nos palcos de Lisboa de há uns bons anos se viu - e uma música de absoluto requinte e máxima depuração, a simplicidade e a rítmica em doses q.b.
Um som que fez, talvez, o melhor álbum de 2007 ("The Bird of Music") e que ao vivo ainda mais faz lembrar as saudosas caixinhas de música, ou talvez canções de colégios de freiras e até as melodias infantis de tantas memórias.
O concerto - "à pinha" - das Au Revoir Simone fechou magnificamente, como tinha de ser, um dia perfeito, cheio de mulheres e sorrisos. Que mais podiam dois homens (o Zé e este porteiro) querer num só dia?
quarta-feira, 5 de dezembro de 2007
Xutos & Pontapés
Este ano o grande circo de Rock 'n Roll chega à cidade de Lisboa e vai estar a 8 e 9 de Dezembro no Campo Pequeno: O Circo de Feras dos Xutos & Pontapés celebra 20 anos e promete ser um grande espectáculo.
13 de Janeiro de 1979: Primeira actuação ao vivo dos Xutos & Pontapés, na comemoração dos "25 anos do Rock and Roll".
E assim começa a carreira desta banda, que tem tido sucessos estrondosos como Chuva Dissolvente, Contentores, Circo de Feras, Não sou o único, N'América, Á minha maneira, Minha casinha, Sou bom, Aí se ele caí, O mundo ao contrário, Homem do Leme e muitos, muitos mais....
Hoje a banda ainda mantém 3 dos elementos originais: Tim (agora voz e baixo), Zé Pedro e Kalú, acompanhados de João Cabeleira e Gui que se juntaram à banda nos anos 80.
Quem quiser festejar com estes senhores e o seu Circo de Feras ainda encontra bilhetes certamente... Sim, porque tal foi a procura que resolveram fazer mais um concerto no domingo.
Eu Vou! ;))
hoje à noite o Clube estará no Castelo para ouvir estas senhoras
Foi bem difícil, uma odisseia das antigas, mas o Santiago Alquimista vai levar com o Clube em peso, pelo menos 200 quilos.
Mas as Au Revoir Simone merecem. Depois contamos tudo.
PS - mais uma vez não cumpri. Voltei depressa. Tive saudades.
terça-feira, 4 de dezembro de 2007
Deus também se engana
O Tiago tem um tumor cerebral. Incurável. De acordo com as cruas leis da medicina e da física, o Tiago pode deixar de existir de um momento para o outro.
Hoje recebemos a sua visita, por intermédio de uma Instituição, a “Terra dos Sonhos”, que se dedica a concretizar sonhos de crianças com doenças crónicas ou incuráveis.
Vá-se lá saber porquê o Tiago manifestou o desejo de ver uma “fábrica de papel”. Não sabemos porquê este desejo nem sabemos se a visita correspondeu às suas expectativas. Mas o sorriso na cara dele deixou transparecer que gostou. Ainda bem.
Não sabemos quando e se o voltaremos a ver. De qualquer forma aqui fica o desejo: Feliz Natal Tiago! Onde quer que seja.
segunda-feira, 3 de dezembro de 2007
domingo, 2 de dezembro de 2007
Parabéns, Clara!
sábado, 1 de dezembro de 2007
o "caso" Esmeralda
Mal informado que estou, sinto-me tentado a começar por não entender como poderia um pai perder o direito a ter a sua filha com ele, ou como poderia a Esmeralda ver-lhe negada a possibilidade de viver, sofrer e amar com o seu pai.
Como se perguntava há dias António Lobo Xavier, admitirá alguém, e à luz de que moral, que se esperasse pelos 18 anos para lhe dizer então, "olha, o teu pai luta há 16 anos para estar contigo, mas um tribunal achou que ficavas mais confortável se ficasses com os senhores com quem viveste, não com o teu pai"?
Também não percebo a história do "pai afectivo", como se se possa chamar de pai a alguém que não ao nosso progenitor.
E depois até parece que o senhor com quem Esmeralda vive foi já condenado, entre outras, pela acusação de sequestro e pelo incumprimento de sentenças judiciais, desde tempos em que tinha a criança ainda 2 anos.
Tivesse ele cumprido a lei e teria então sim minorado decerto o sofrimento da criança, se é que se pode chamar de sofrimento a ter a pequena Esmeralda a oportunidade de viver com o pai.
Mas reconheço que tudo isto são impressões e que preciso formar melhor opinião. Alguém tem?
quando a democracia implica com a vida: um Viva ao Garry Kasparov
As armas são desiguais, mas também a dimensão moral destes dois homens é incomparável.
E depois há que honrar Litvinenko, não pelo que este possa ter sido em vida, mas pela sua morte sórdida e tremendamente cobarde, num incrível atentado à inteligência do mundo inteiro.
Há também que fazer justiça à memória da assassinada Anna Politkovskaya, a mulher das mil coragens, capaz de mover mundos para revelar o lado negríssimo do poder de Moscovo, em tantos aspectos tão negro como antes da queda do muro de Berlim.
Por tudo isto, um grande viva ao Kasparov, na sua luta com armas tão mais desiguais que antes, quando defrontou Karpov, ou quando jogou contra o "Deep Blue" da IBM. Agora é mais difícil, é o tabuleiro da vida real, qual David contra Golias.
Que vença David, se possível com "cheque-mate".