sábado, 1 de dezembro de 2007

quando a democracia implica com a vida: um Viva ao Garry Kasparov

Há momentos de absoluta definição na vida de um homem. Garry Kasparov encontrou o seu, que é a missão de enfrentar a face mais visível da tirania russa, na pessoa do macabro Vladimir Putin.
As armas são desiguais, mas também a dimensão moral destes dois homens é incomparável.
E depois há que honrar Litvinenko, não pelo que este possa ter sido em vida, mas pela sua morte sórdida e tremendamente cobarde, num incrível atentado à inteligência do mundo inteiro.
Há também que fazer justiça à memória da assassinada Anna Politkovskaya, a mulher das mil coragens, capaz de mover mundos para revelar o lado negríssimo do poder de Moscovo, em tantos aspectos tão negro como antes da queda do muro de Berlim.
Por tudo isto, um grande viva ao Kasparov, na sua luta com armas tão mais desiguais que antes, quando defrontou Karpov, ou quando jogou contra o "Deep Blue" da IBM. Agora é mais difícil, é o tabuleiro da vida real, qual David contra Golias.
Que vença David, se possível com "cheque-mate".

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